segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Planeta Almodóvar

O Centro Cultural banco do Brasil com a primeira edição do programa CCBB em Cine trás a mostra Planeta Almodóvar, que vai reunir 9 produções do cineasta a fim de mostrar ao público os "personagens irreverentes, exagerados, apaixonados, neuróticos, dramáticos, obsessivos que cometem excessos de todos os tipos, vivendo situações inusitadas entre o drama e a comédia".
A mostra que começa no dia 24 de novembro vai até o dia 6 de dezembro. Se você estiver passeando pelo Centro do Rio num fim de tarde e bater uma vontade de assistir um filme do Almodóvar é só correr até a bilheteria do CCBB e pegar sua senha. A entrada é franca.
Mais informações sobre a programação de Planeta Almodóvar no site do CCBB:
Segue abaixo o trailer de "Tudo Sobre Minha Mãe" - filme que encerrará a mostra:


domingo, 22 de novembro de 2009

Do Começo ao Fim


Depois de uma longa espera o tão comentado filme brasileiro "Do Começo ao Fim" de Aluizio Abranges está entre as grandes estréias do mês de novembro.

Desde maio deste ano, quando a promo do filme "vazou" na internet a história de amor incestuosa entre os irmãos Francisco e Thomás vem causando frisom entre os cinéfilos.

Como se não bastasse o filme trazer como tema o romance homossexual, este romance é entre dois irmãos. Na verdade meio irmãos. O que não diminui muito a polêmica que o enredo do filme trás. A combinação entre homossexualismo e incesto parecia ser demais, ainda mais para um filme brasileiro, acostumado com um cinema de cunho mais social, e numa sociedade onde estes dois assuntos ainda são tabu.

Como havia dito Abranches em entrevista para O Globo - assim que o teaser do filme caiu na rede - a intenção era tratar do tema de forma leve e não trágica. E é exatamente isso que vemos, sem grandes clichês e sem nenhum valor moral ou julgamentos "Do Começo ao Fim" retrata um romance onde o homossexualismo e o incesto não parecem ser problema ou impecilho para aquele amor que existe desde a infância.

A relação forte entre os dois irmãos era percebida pelos seus pais desde cedo, quando Thomás e Francisco ainda eram crianças. Julieta, a mãe dos meninos, interpretada por Julia Lemmertz, em certo momento do filme diz que se preocupa com o que está acontecendo com seus filhos mas que prefere não impor a eles o que é bom ou ruim. E no decorrer do filme é isso que percebemos, uma não preocupação em discernir o certo do errado. O que nos parece é que tanto a família e os amigos veem a relação dos dois de uma forma natural, e essa naturalidade é passada para nós da mesma forma. Em nenhum momento as duas realidades polêmicas nos chocam. O amor é entre os dois nos é passado de forma tão sincera que em certo momento do filme a quase infidelidade de um dos rapazes é o que mais nos incomoda.

Além disso, um filme que trás uma bela fotografia, cenas recheadas de silêncios falantes e toda uma série de tomadas uma tanto quanto lúdicas dando ao filme um ar poético. Há quem reclame de toda essa tentativa de poetizar os temas ao invés de trata-los com mais seriedade, servindo assim de alerta social. Porém, desde o príncipio não parece ter sido essa a intenção de Abranches, que tentou suavizar temas polêmicos e através disso mostrar o amor.

domingo, 8 de novembro de 2009

A elegância de Woody Allen


Começou na última quarta (03) e vai até o dia 29 de novembro a mostra A Elegância de Woody Allen no Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro. Serão exibidos todos os 40 longa-metragens de um dos mais geniais cineastas do cinema mundial. Além de suas produções como diretor também constam filmes em que Woody Allen foi roteirista/ator, e películas que o homenageiam.

Uma das grandes atrações será a exibição de Whatever Works (Tudo Pode Dar Certo), filme mais recente do diretor e ainda inédito no Brasil. O filme conta a história de Boris Yellnikoff (Larry David), um nova iorquino que tem uma visão particular da vida e faz questão que todos saibam de suas teorias sobre religião, relacionamentos e a aletoriedades sobre a existência. Mas sua vida solitária muda quando ele abriga a jovem sulista Ann Celestine (Evan Rachel Wood) e começa uma incomum amizade, cheia das mais improváveis afinidades.

Mas a Mostra não contará apenas com a exibição de filmes. Dois debates sobre a filmografia de Mr. Allen, além de cursos gratuitos, em que os participantes ganharão diplomas, também serão ministrados e completam a programação dessa ótima dica cultural. Vale lembrar que a partir do dia 18 deste mês os paulistanos também poderão ver toda a genialidade do diretor norte-americano no CCBB paulista.

Confira toda a programação em http://www.woodyallen.com.br

Lembrando que o CCBB-RJ fica na Rua Primeiro de Março, 66 - Centro.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Filme Fashion - Documentário


Para os cinéfilos de plantão a notícia pode ser enlouquecedora visto que o Festival do Rio ainda tá aí e só quem vai sabe o quanto é difícil organizar todos os horários. Porém o Festival acaba nessa quinta-feira(8) e pra quem quer prolongar um pouquinho mais a diversão nas salas de cinema a boa é que amanhã estréia no CCBB a quarta edição do Festival Filme Fashion - Documentários, que vai até a quarta-feira(14) da próxima semana.

A mostra que não é direcionada apenas para aqueles que se interessam pelo mundo da moda mas também para aqueles que conseguem enxergar na moda uma valor artístico, é organizada pela curadoria da jornalista de moda Alexandra Farah. A mostra vai exibir filmes que retratam o dia-a-dia de diversas personalidades que trabalham com a moda, desde estilistas e modelos até fotógrafos. Tudo isso a fim de aproximar o telespectador desta indústria cultural que é a moda, além de tornar mais clara a importancia da moda na sociedade uma vez que esta lança tendencias e influencia pessoas não só em suas maneiras de se vestir mas também nas maneiras de agir e se relacionar com o outro.

É importante ressaltar que a entrada é franca e por isso é importante que se chegue ao local pelo menos uma hora antes da exibição do filme. Além disso para aqueles que perderam o badaladíssimo Vogue - A Ediçao de Setembro no Festival do Rio, este será exibido no penúltimo dia da mostra, então está aí mais uma chance de ver o filme antes de todo mundo.

Mais informações sobre a mostra, como os horários e sinopses do filme você encontra no site do CCBB.
* imagem do filme "Beyond Biba"

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Beyond Ipanema #FestivalRio'09

O documentário Beyond Ipanema: Ondas Brasileiras na Música Global nos leva a uma viagem desde Carmem Miranda até o grupo alternativo Garotas Suecas e o funk carioca, mostrando como a música brasileira foi encontrando o seu espaço e penetrando no competitivo cenário internacional, sobretudo nos Estados Unidos. Durante os 87 minutos de exibição notamos todo o amor a primeira vista que os americanos tiveram com Carmem Miranda, e posteriormente com a música brasileira em geral.

Os diretores Béco Dranoff e Guto Barra iniciam a trajetória da invasão da música brasileira para além de suas fronteiras com a chegada de Carmem Miranda a Nova York em 1939. O documentário vai desde seus filmes, em que ela exigia em contrato ter falas em português, e seus espetáculos na Broadway, além do fascínio dos americanos por aquela mulher com frutas na cabeça.

Ao longo do filme o espectador vai sendo apresentado a vários momentos chaves como a bossa nova e a obsessão "the girl from Ipanema", a tropicália, com destaque para o grupo Os Mutantes, e o sucesso comercial de Sergio Mendes em solo americano. Mas talvez o grande trunfo do documentário seja ir além disso e mostrar como a música brasileira foi também redescoberta por artistas e públicos estrangeiros muitos anos depois.

Os anos 90 e esta primeira década do século XXI vêem esse redescobrimento da música brasileira, seja pelo retorno e consagração de grupos como Os Mutantes, sem Rita Lee, mas principalmente pelas diversas apropriações que djs em todo o mundo fazem com a nossa música. Bebel Gilberto e seu flerte com as batidas eletrônicas é com certeza uma das representantes desse momento de misturas e reconhecimento da música brasileira no exterior. O sucesso que bandas como Cansei de Ser Sexy, Bonde do Rolê e Garotas Suecas fazem na cena alternativa americana também não passa desapercebido pelo documentário, que também cita outros estilos musicais como o forró e o funk como cada vez mais influentes e presentes fora do país.

Documentários que traçam uma trajetória sobre a música brasileira não são tão incomuns, mas o grande feito de Beyond Ipanema é ir mais além. É buscar com um vastíssima quantidade de entrevistas, com nomes como David Byrne, M.I.A e Creed Taylor, além de Caetano Veloso e Gilberto Gil, traçar um panorama sobre a música brasileira no exterior até o contemporâneo e perceber suas misturas, colagens e reapropriações. Longe de tentar abarcar toda a história, o documentário é bem sucedido e traz várias curiosidades como um sebo recheado de LPs históricos de artistas brasileiros no East Village e também o samba ter entrado na grade curricular de uma escola americana do Harlem.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Distante Nós Vamos #FestivalRio'09


Verona (Maya Rudolph) e Bart (John Krasinski) são um casal na casa dos 30 anos que se vêem "grávidos" e com um problema: os avós paternos resolvem viajar para a Europa e eles percebem que estão abandonados. Percebem que precisam encontrar seu caminho; um lugar para construir um lar para a chegada de seu primeiro filho. Esta é basicamente a premissa de Distante Nós Vamos (Away We Go), novo filme do diretor Sam Mendes, vencedor do Oscar por Beleza Americana em 2000.

A partir daí, o casal de protagonistas começa uma viagem por cidades como Phoenix, Tucson, Madison, Montreal e Miami em busca do lugar perfeito, se deparando em cada destino com uma família de conhecidos ou parentes que os abriga. Belíssimas cenas de lugares como o deserto do Arizona, por exemplo, são mostradas por Sam Mendes de maneira surpreendente. Quem já viu filmes de Mendes como Beleza Americana e Foi Apenas um Sonho sabe que sua direção tende mais a ser mais dura, rígida e com planos mais fechados. Então, os planos abertos e a condução fluida que combina de belas paisagens com a inspirada trilha sonora, que conta com músicas de George Harrison, Bob Dylan e The Velvet Underground, dá a leveza necessária para o filme funcionar bem na tela.

Palmas também para o elenco. Quem conhecia Maya Rudolph do famoso humoristíco Saturday Night Live já sabia de todo o seu talento para a comédia. Mas como fazia esquetes curtas, a grande dúvida era se ela conseguiria levar uma personagem protagonista com a mesma força de suas imitações no SNL. Ela não só consegue, como nos revela todas as nuances de Verona. E o seu colega de cena não fica atrás. Apesar de ter feito filmes como Licença para Casar e Amor não tem regras, John Krasinki também é mais conhecido por sua atuação na televisão pela série The Office. Merecem citação também a hilária Alisson Janey, como Lily a ex patroa de Verona e mãe completamente sem noção, além da fofa Maggie Gyllenhaal que interpreta uma mulher zen e absurdamente maluca.

Vale a pena ver essa comédia leve e despretensiosa, mas não menos tocante de Sam Mendes. A busca por encontrar a nossa casa, o nosso lugar no mundo é um tema bem universal e de fácil identificação com o espectador. Sem falar nas boas risadas que você dá ao longo do filme, algumas delas nem precisam de fala. Só de olhar para as expressões de Maya e John você já sente vontade de rir.

Julie & Julia #FestivalRio'09

Quem entrou na sala de Julie & Julia com o único intuito de ver Meryl Streep em cena, com certeza viu muito mais. Até porque o filme é mais longo do que o necessário (123 minutos). Mesmo assim, a comédia escrita e dirigida por Nora Ephron é um entretenimento daqueles que funciona bem.

O filme é baseado no livro homônimo escrito por Julie Powell (interpretada por Amy Adams), uma americana de 30 anos que leva uma vida sem grandes ambições, pra não dizer sem graça. Até que seu marido tem a ideia de que ela crie um blog para divulgar algo que ela goste de fazer. Depois de muito pensar, ela resolve fazer um desafio: durante um ano ela faria e divulgaria em seu blog todas as 534 receitas do livro "Dominando a Culinária Francesa", de Julia Child (Meryl Streep) - considerada a bíblia da culinária francesa para os americanos.

A opção de contar a vida de Julie e Julia de maneira paralela dá bastante fluidez ao filme, mas poderia ir por água a baixo. Afinal, quem não seria apagada em cena por Meryl Streep? Resposta: Amy Adams! Ela confirma nesse filme seu talento e a bem sucedida dobradinha que fez com Meryl em Dúvida - ao qual ela foi indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante no ano passado. Apesar de não contracenarem juntas em nenhum momento, as histórias das protagonistas se unem em temporalidades completamente distintas. Quanto à Meryl, sem comentários. Ela está divertidíssima e sua interpretação não lembra nenhuma de suas personagens anteriores. Incrível como ela consegue isso!

Recomendamos Julie & Julia pelas boas risadas que ele pode te render, mas faça isso de barriga cheia. Ver o filme com fome durante o horário do almoço não é lá das melhores ideias, já que os filme é um desfile constante dos mais diversos pratos da tentadora culinária francesa.. nhami!

A Falta Que Nos Move #FestivalRio'09


Depois de ver Doce Perfume, o UBDQ deu um pulinho no Odeon para assistir a pré-estreia do filme brasileiro A Falta Que Nos Move, de Christiane Jutahy. Baseado na peça A Falta Que nos Move ou Todas as Histórias São Ficção da própria diretora, o filme brinca o tempo todo com os limites entre ficção e realidade.

Cinco atores são filmados durante uma antevéspera de Natal por três câmeras durante 13 horas sem qualquer interrupção na casa de Christiane. O grupo de amigos espera a chegada de uma sexta pessoa, que eles não sabem se chegará, e acaba por gerar tensas discussões entre os outros. Seguindo um plano de cenas pré-estabelecido e ensaiado, e dirigidos através de torpedos de celular, os atores desfilam durante os 95 minutos de filme as suas mais diversas frustrações, segredos, encontros e desencontros. Carência afetiva, acima de tudo.

No aspecto mais técnico, acho que a fotografia do filme é um dos destaques. A leveza utilizada ajuda a fazer com que as cenas não sejam transmitidas de maneira muito teatral na tela, o que seria bem fácil de ocorrer devido às origens do texto. E o roteiro também é bastante instigante e deixa o espectador em dúvida a todo o momento se o que ele vê é ficção, realidade ou se existe mesmo essa divisão. A cena do brinde que eles optam por refazer, visto que fizeram na hora errada segundo o roteiro pregado na parede da cozinha, ilustra bem essa brincadeira com a metalinguagem.

E é claro que grande parte do êxito do filme deve ser dividido com o elenco do longa, composto por Marina Vianna, Cristina Amadeo, Daniela Fortes, Pedro Brício e Kiko Mascarenhas - os mesmos atores da montagem original da peça. Eles nos revelam toda a complexidade do difuso processo de construção dos personagens em cena. O quanto da personalidade de cada ator está presente em cada personagem? Será que é possível apagar totalmente a sua subjetividade ao interpretar um papel? São algumas perguntas que o filme nos deixa de herança para pensar.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Doce Perfume #FestivalRio'09

Durante o Festival do Rio vamos fazer alguns posts sobre os filmes que conseguirmos assistir durante essas próximas duas semanas. Como somos de quinta, não prometemos periodicidade lógica.


Começaremos pelo drama Doce Perfume (Tatarak), do cultuado cineasta polonês Andrzej Wajda (Homem de Mármore e Homem de Ferro). O filme conta a história de Marta (Krystyna Janda), casada com um médico polonês que diagnostica nela uma doença terminal, mas prefere não contar à esposa. Ela ainda sofre com a morte dos filhos, mas parece ao se envolver com o jovem Bogus (Pawel Szajda), parece reviver e começar a sorrir. Paralelamente à essa história, o espectador é apresentado à pequenos mológonos nos quais Krystina Janda se despe da personagem Marta e em um quarto sob um penumbra fala sobre a recente morte de seu marido, o cineasta polonês Edward Kosinski. A atuação da atriz polonesa é tocante e precisa. Você consegue realmente sentir toda a melancolia da personagem e da própria atriz a cada cena.

Wadja se lança em um filme experimental que utiliza muito bem da metalinguagem. O espectador é lembrado a todo momento, através de estratégias como mostrar a claquete no começo do filme ou então na cena em que Krystyna interrompe as filmagens e foge do set de táxi, que Doce perfume é um filme dentro de um outro filme maior. Não é um filme fácil de acompanhar e a escolha do nome do filme ser o mesmo do filme que é interpretado nele pode confundir bastante a principio, mas vale a pena ver mais esse ótimo trabalho de Andrzej Wadja.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Festival do Rio 2009


Desde quinta-feira(24) a cidade do Rio de Janeiro encontra-se movimenta devido ao maior festival de cinema do Brasil e da América Latina, o Festival do Rio.

Composto pelos maiores destaques do Festival de Cannes, Sundance, Veneza e Berlim o Festival do Rio conta com mais de 300 títulos incluindo longas e curtas-metragem de diversos países que são divididos em diversas mostras, entre elas a "Mostra Gay", "Meio Ambiente" e "Pocket Films".

Dentre os filmes que serão apresentados no Festival do Rio de 2009 estão os filmes "Aconteceu em Woodstock" de Ang Lee, que abriu o Festival, Abraços Partidos de Almodóvar, com Penélope Cruz, Coco antes de Chanel de Anne Fontaine, com Audrey Tautou, Bastardos Inglórios de Tarantino, com Brad Pitt*, The White Ribbon de Michael Haneke e ganhador da Palma de Ouro de melhor filme no festival de Cannes 2009, Nova Iork, Eu te Amo e Vogue - A Edição de Setembro de R.J. Cutler. Além destes filmes ainda será apresentado o já comentado filme cult-trash inglês "Os Matadores de Vampiras Lésbicas" de Phil Claydon na mostra Midnight Movies. E na mostra Première Brasil ganham destaque os filmes Bellini e o Demônio escrito por Tony Bellotto e dirigido por Marcelo Galvão, Histórias de Amor Duram Apenas 90 minutos de Paulo Halm, Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz e também o filme a Falta Que Nos Move de Christiane Jatahy.

Mais detalhes sobre o Festival que vai até o dia 08 de Outubro no site oficial www.festivaldorio.com.br/site2009


* Os ingressos para o filme Bastardos Inglórios esgotaram em apenas 20 minutos.

** O esperado filme brasileiro "Do Começo ao Fim" ficou de fora do Festival, entrando em cartaz somente no final de 2009.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Trilha Sonora de Lua Nova

Pra quem tá ansioso pelo dia vinte de novembro - dia do lançamento mundial do filme Lua Nova - a boa notícia é que a autora do best-seller Crepúsculo, Stephenie Meyer, colocou hoje em seu blog a lista de músicas que farão parte da trilha sonora do novo filme.
Como era de se esperar a banda Muse, citada por Stephenie com uma inspiração para seus livros, fará novamente parte da trilha sonora do filme, porém dessa vez quem ficou de fora foi a banda Paramore, dando lugar a outras bandas como Death Cab for Cutie, The Killers, Ok Go e ainda do vocalista da banda Radiohead, Thom Yorke.

A presença destas bandas na Trilha de Lua Nova não é nenhuma novidade uma vez que o produtor musical do filme é Alex Patsavas, responsável pela trilha de séries como "The OC" - série que contava com a presença massiva de músicas das bandas Death Cab for Cutie e The killers, além de outras bandas conhecidas apenas no cenário indie - "Gossip Girl", "Chuck" e "Gray's Anatomy".

Segue abaixo a trilha completa do filme "Lua Nova":

DEATH CAB FOR CUTIE — MEET ME ON THE EQUINOX
BAND OF SKULLS — FRIENDS
THOM YORKE — HEARING DAMAGE
LYKKE LI — POSSIBILITY
THE KILLERS — A WHITE DEMON LOVE SONG
ANYA MARINA — SATELLITE HEART
MUSE — I BELONG TO YOU (NEW MOON REMIX)
BON IVER & ST. VINCENT — ROSYLN
BLACK REBEL MOTORCYCLE CLUB — DONE ALL WRONG
HURRICANE BELLS — MONSTERS
SEA WOLF — THE VIOLET HOUR
OK GO — SHOOTING THE MOON
GRIZZLY BEAR — SLOW LIFE
EDITORS — NO SOUND BUT THE WIND
ALEXANDRE DESPLAT — NEW MOON (THE MEADOW)

domingo, 20 de setembro de 2009

Lily no Rio


Com 20 minutos de atraso, às 21h50 desta quinta-feira a cantora inglesa Lily Allen entrou no palco da HSBC Arena, na Barra da Tijuca, para o segundo show no Brasil da turnê do CD It's not me, it's you. E o show foi tão bom que dá pra perdoar o fato dela ter entrado enrolada em um tecido com várias reproduções da bandeira do Brasil (chiclê mais batido EVER). Apesar da apresentação durar pouco mais de uma hora e quinze minutos, Lily mostrou muita energia e simpatia, deixando para trás qualquer impressão ruim de sua primeira aparição em palcos brasileiros em novembro de 2007 no Planeta Terra em São Paulo.

O setlist não apresentou nenhuma surpresa e seguiu basicamente a linha dos shows da turnê. A escolha de abrir o concerto com Everyone's At It é bem inteligente e dá uma ideia do que Lily fará ao longo de toda a noite: beber, fumar, beber e fumar mais um pouco. Se o show ganha um ritmo mais leve com I Could Say e Never Gonna Happen, pega fogo de novo com o ótimo cover de Oh My God, faixa dos Kaiser Chiefs, e depois engrena de vez. A cantora esteve super à vontade e confiante no palco [tá, e bêbada também], tecendo comentários elogiosos à cidade. Mas lógico que seu lado controverso não ficaria de fora e ela soltou o hilário "Do you like my eletronic cigarrete? I can smell somebody here smoking weed. I... smells good".

Centrada nas músicas do novo CD, Lily fez a alegria dos fãs ao trazer músicas do álbum de estréia Allright, Still (2006). LDN, a balada Littlest Things - em que ela cantou sentada no palco - e o seu hit #1 Smile mexeram com o bom público presente. A cantora fechou o show com The Fear e fez o público pegar fogo transformando o ginásio em pista de dança com o cover de Womanizer da Britney. Foi impossível ficar parado com toda a animação da inglesa, que levantou seu vestidinho curto preto e mostrou a barriga, a calcinha..

Com o público gritando "fuck you", Lily e sua banda voltaram ao palco para o bis. Dedicada nas palavras de Lily "a todos aqueles que perdem o tempo dizendo aos outros que o que eles fazem é errado", Fuck You levantou o público, que logo depois foi ao delírio com a última música do show, Not Fair. Um hit com pitada country que ganhou uma versão remixada sensacional no palco e deu uma sensação de clímax ao final show. Sendo daqueles fãs que conhecem cada verso de cada música, ou então alguém que ouviu apenas os seus singles, todo mundo que esteve presente na HSBC Arena na última quinta parece ter saído com a melhor das impressões do show. E com um gostinho de quero mais também.

sábado, 22 de agosto de 2009

New York, I Love You


Pra quem assistiu "Paris, Je T'Aime" e se apaixonou pela diversas histórias de amor que compõem o filme e se identificou com pelo menos uma delas a notícia é boa, pois em Novembro chega ao Brasil o filme "New York, I Love You" segundo da saga "Cidades do Amor" - o primeiro filme "Paris, Je T'Aime" foi lançado em 2006 e contava com 21 curtas de 5 minutos cada.

O projeto atual conta com 11 curtas de 10 minutos cada e todos eles abordam o amor em diferentes bairros da cidade de Nova Iork, através do ponto de vista do seu diretor - a maiora deles estrangeiros.

Entre os atores que compõem o projeto estão nomes como Natalie Portman e Scarlett Johansson (A Outra), que também assumiram a direção de alguns curtas do projeto, sendo que o curta de Johansson se encontrará apenas nos extras do DVD, por ter sido classificado como conceitual demais e não se encaixar no estilo das outras histórias. Além delas o projeto conta também com as atuações de Orlando Bloom (Piratas do Caribe), Shia LaBeouf (Transformers), Christina Ricci (A Família Addams), Ethan Hawke (Before Sunset) e Kevin Bacon (Frost/Nixon).

Entre as cidades que estarão no projeto encontra-se a cidade de Xangai - que deverá ser a terceira cidade da saga - e também a cidade do Rio de Janeiro - que está ainda em negociação.


sábado, 15 de agosto de 2009

Taking Woodstock

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Aproveitando a data que marca o 40º aniversário de Woodstock, será lançado ainda neste mês nos Estados Unidos, e no Brasil somente no começo do ano que vem, o filme "Taking Woodstock" - baseado no livro homônimo de Elliott Rider - do diretor Ang Lee (O Segredo de Brokeback Mountain)

Engana-se quem acredita que o filme vai retratar o Festival Hippie de 69, muito pelo contrário, em nenhum momento do filme há cenas dos concertos. A ideia central do filme, assim como a do livro, é retratar os bastidores do festival, assim como os fatos que permitiram com que um Festival Hippie acontecesse na pacata cidade de White Lake.

"Taking Woodstock" narra basicamente a história de Tiber (Demetri Martin), um jovem morador de uma pequena cidade dos EUA que a fim de pagar a hipoteca da casa de sua família - e aproveitando-se que o Festival de Woodstock havia sido desalojado da cidade de Wallkill por decisão do governo local - oferece aos produtores do Festival o espaço em uma fazenda de sua cidade para que o evento fosse realizado.

É claro que Tiber não tinha noção da proporção de pessoas que iriam ao Festival e muito menos da importância que esse evento teria para a história do movimento Hippie e da sua luta contra a Guerra do Vietnã.

Porém é quando ele começa a se envolver com a produção do evento que suas atitudes até então conservadoras começam a mudar - muito disso devido ao seu contato com os hippies e em especial com a travesti Vilma (Liev Schreiber) - fazendo com que Tiber se liberte das opressões de seus pais e aceite a sua homossexualidade, que até então era um tabu em sua vida.




sexta-feira, 14 de agosto de 2009

VMA 2009

Daqui a um mês, no dia 14 de setembro, acontece em NY a 26ª edição da premiação mais pop da música, o Video Music Awards (VMA) da MTV americana. Ao contrário do Grammy, no qual os vencedores são escolhidos por uma academia (like Oscar), no VMA quem escolhe os melhores videoclipes do ano é o público, através de sms ou no site da MTV.


Em 2008 a grande vencedora da premiação foi miss Britney Spears. A princesa do pop arrebatou o Astronauta de Prata em todas as categorias que concorria com seu single Piece of Me - melhor vídeo feminino, melhor vídeo pop e melhor vídeo do ano. Foi uma tremenda volta por cima da bitch que protagonizou no ano anterior uma das apresentações que deram mais vergonha alheia na história. Gorducha e fazendo a coreografia em câmera lenta, Brit não deixou ninguém com gostinho de gimme more.

O show contará com apresentações até agora confirmadas de Jay-Z, Lady Gaga, Green Day, P!nk, Taylor Swift e Muse. Com certeza um dos melhores e mais diversificados lineups dos últimos anos. O anfitrião da noite será pelo segundo ano consecutivo o ator inglês, comediante, cantor e reticências Russel Brand. Nomes como Katy Perry, Ne-Yo, Nelly Furtado e os atores da série Gossip Girl Chance Crowford e Leighton Meester serão alguns dos apresentadores da festa.

Neste ano 15 categorias estão em disputa, sendo 10 delas com votação popular - as outras 5 são técnicas. As grandes favoritas no Video Music Awards 2009 são Beyoncé e Lady Gaga, indicadas em 9 categorias. Britney Spears vem logo em seguida com 7 nominações.

Enquanto o dia 13 não chega, take a look no promo que a MTV fez para divulgar o VMA. Os indicados Cobra Starship e Leighton Meester em uma vibe West Side Story. Cool.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Virada Russa



Mais uma dica cultural bem legal. Está em exposição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro a mostra Virada Russa, que conta com 123 peças vindas do Museu de São Petersburgo. Pela primeira vez no Brasil, as pinturas e esculturas de nomes conhecidos como Malevitch, Chagall e Kandinsky são fruto do rixo período de 1890 a 1930. Importante momento histórico russo de diversas transformações politicas e sociais, essas obras representam diversas correntes artísticas que compõe as chamadas Vanguardas Russas.


Desde a explosão criativa da virada de século XIX para o XX passando pela imposição das diretrizes artísticas pós-revolução bolchevique e o seu Realismo Soviético, a mostra traça um panorama desse período de forte explosão de criatividade que colocou a Rússia na vanguarda da cultura mundial.


A exposição fica aberta até o dia 23 de agosto no Rio e viaja em setembro para São Paulo - antes ela passou pelo CCBB de Brasília em maio. Lembrando que o CCBB Rio fica na Rua Primeiro de Março, 66 e a entrada é franca. Funciona de terça-feira a domingo das 10h às 21h.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Anima Mundi 2009



E a boa notícia da vez é que nessa sexta-feira dia 10 começou no Rio de Janeiro o 17º Festival Internacional de Animação do Brasil, mais conhecido como Anima Mundi.


Iniciado em 1993 o Festival já é o maior da América Latina e sua programação inclui curtas, médias e longas metragens, passando também por comerciais e seriados. Além da programação normal aberta a todo o público, o Festival conta também com o Anima Mundi Web que destaca trabalhos profissionais e amadores feitos em Flash dedicado a veiculação na internet, e o Anima Mundi Celular, que desde 2005 se dedica a animações feitas, como o nome já diz, atráves do celular. Vale destacar que ambas as mostras contam com o WebJúri, que é a participação dos internautas na escolha da melhor animação


Além do Rio de Janeiro, o Festival passa também por São Paulo começando no dia 22 deste mês. As sessões são realizadas em diversos pontos da cidade e além da mostra competitiva, o Festival inclui também sessões que não estão concorrendo a nenhum prêmio e ainda mostras infantis e as oficinas de workshop.


Mais informações no site do festival: http://www.animamundi.com.br/

Fuck You [2]

Como vimos no último post, a música Fuck You da cantora Lily Allen é daquelas criadas e destinadas a ser polêmicas. A letra é bem plural e dá conta de várias irritações a que você às vezes sente vontade de soltar um palavrão daqueles. Um desses "fuck you" é bem direto aos homofóbicos, como fica claro nessa parte:

So you say it's not OK to be gay
Well I think you're just evil
You're just some racist who can't tie my laces
Your point of view is medieval... fuck you! fuck you very, very much.

Focando nesta temática contra a discriminação aos gays, o americano Steve Bee Bishop realizou um vídeo colaborativo, uma colagem de vários outros vídeos enviados a ele.



Resultado: o vídeo obteve uma repercussão muito grande, tendo mais de 200 mil acessos, e servindo de base para a criação de versões em outros países. Na França, por exemplo, foi feita uma versão pelo site GayClick que já passou da marca de 250 mil acessos e foi lançado no dia 17 de maio deste ano, dia internacional contra a homofobia.



E é claro que o Brasil não ficaria de fora. O blog Stonewall conclamou internautas de várias cidades brasileiras a fazerem seus vídeos e enviarem ao blog, que também fez seu vídeo-colagem, que já teve mais de 20 mil acessos no YouTube.




Muitas pessoas podem tender a desqualificar esses vídeos como formas de ativismo - o que é uma bobagem. Quem foi que estabeleceu que as lutas políticas, ideológicas e sociais devem ser excessivamente sisudas, formais e engessadas?
Estes vídeos são sim ótimos exemplos de como tratar uma temática tão importante como o combate a homofobia de forma bastante descontraída, leve, atual e midiática, sem perder de modo algum a sua força.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Fuck You

No meio do mês passado a cantora britânica Lily Allen lançou o videoclipe da música Fuck You, terceiro single do seu CD It's Not Me, It's You.
A música foi escrita pela cantora direcionada originalmente ao BNP (Partido Nacional Britânico), partido de extrema direita que defende políticas carregadas de xenofobia, nazismo e homofobia. Mas depois, Lily deu uma entrevista dizendo que sentiu que o assunto era bastante relevante e fazia sentido em todos os lugares, para além da realidade inglesa: "we can make coolness for our future, its up to us!", bradou a cantora de 23 anos.



Como você pode perceber, o clipe ficou lindo [aqueles fãs. hahaa]. Falando sério, o clipe ficou bem leve e divertido, claramente contrastando com a letra da música. Todo esse lirismo vai ao encontro dos outros clipes deste CD. Tanto em The Fear, sobretudo neste, quanto em Not Fair, Lily aparece sempre sorridente, cercada por um cenário bem lúdico, tudo numa clima de uma grande brincadeira.

p.s.: se alguém não gosta ou se constrange quando ouve um palavrão, tem também a versão soft pra rádio. No lugar de "fuck you", cavalos relinchando, vacas mugindo, galos cacarejando.. e por aí. Fofo, vai.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Adeus ao Rei do Pop

Lembro que a primeira música do Michael Jackson que eu ouvi foi "Black or White", eu devia ter uns cinco anos e achei simplesmente fantástico aquele clipe com aquele cara se transformando em um montão de gente diferente. Não sosseguei enquanto eu não ganhei a fitinha do Michael, sim a fita, lembro que minha mãe comprou uma fita virgem e pediu para o meu padrinho gravar, porque só assim eu a deixaria em paz.
Na verdade a paz que ela esperava não veio porque eu ouvia aquela fita cassete o dia inteiro, e com um inglês improvisado eu cantava "Black or White" inteira e tentava sem suceso fazer o moonwalk, marca registrada do Michael.
Uma pena mas meu fanatismo pelo Michael acabou aí, não continuei ouvindo suas músicas, talvez pela falta de acesso, talvez por falta de interesse. Mas de qualquer forma, cresci ouvindo falar dele, vira e mexe ouvia uma música, conhecia outra, mas tudo sem aquele fanatismo de quando eu tinha cinco anos. Cresci ouvindo sobre suas bizarrizes, sobre a sua mudança de cor mal explicada, sobre acusações de pedofilia, sobre sua "amizade" com Macaulay Culkin, de uma forma ou de outra, querendo ou não era quase impossível não saber alguma coisa sobre o Rei do Pop.
Se ignorei Michael jackson na minha adolescencia, isso foi completamente revertido. Acho que nunca ouvi tanto Michael ou assisti tantos clipes dele quanto nestes últimos meses, isso tudo porque tenho uma prima de oito anos que é fanática por ele, assim como eu era quando criança, só que agora ela tem muito mais acesso ao material dele, e já conhece muito mais coisas dele do que eu quando era criança e do que eu agora que já tenho mais de vinte anos.
Sei que por isso minha memória tá super fresca, e realmente sendo fã ou não, é impossível não reconhecer a importancia de Micahel Jackson na música. Um artsista que colecionou fãs, que continuava colecionando e que provavelmente continuará colecionando.
Gostando ou não teremos que aguentar as gerações futuras nos perguntando sobre ele e querendo saber aonde a gente estava no momento que soube da morte dele.

sábado, 6 de junho de 2009

Shelter - De Repente California


Shelter, ou "De Repente, Califórnia" - título brasileiro - é um filme de 2007 mas que incentivado pelo Festival Mix Brasil chegou ao país na última sexta-feira, e mesmo que não estando nos grandes cinemas do Brasil já é uma boa iniciativa, possibilitando que aqueles que ainda não viram vejam ao filme, e a aqueles que já assistiram possam agora admirá-lo na telona.
Encantador é a palavra que melhor define este filme. Já assisti diversas vezes e a sensação que ele passa é sempre ótima.
Escrito e dirigido por Jonah Markowitz, "Shelter" não parece ter grandes pretenções e talvez por isso mesmo atinja de forma certo ao público, indo além de uma simples narrativa sobre a relação entre duas pessoas do mesmo sexo, e sem nenhum apelo sexual "Shelter" é um filme sobre o amor e as descobertas que este pode trazer.
A história tem como personagem principal Zach (Trevor Wright), um jovem surfista que deixa de lado o sonho de se tornar artista plástico para assumir a responsabilidade de cuidar de seu sobrinho Cody e de sua irmã Jeanne (Tina Holmes).
Mas a vida de Zach muda completamente e novos sentimentos são despertados quando ele reencontra Shaun (Brad Rowe) um escritor em crise e irmão do seu melhor amigo. A relação dos dois que a princípio surge como uma amizade se torna algo mais forte. E a partir deste momento Zach ve sua vida mudar completamente. A relação com Shaun, que não esconde sua homossexualiade, insere dúvidas, medos e conflitos na vida de Zach que tem que lidar com o preconceito velado das pessoas, principalmente o da sua irmã. Mas ao mesmo tempo esta relação parece ser o que faltava para mostrar a Zach que sua vida vai além de seus deveres com os outros, que ele tem sonhos, talentos e precisa seguir em frente em busca de seus objetivos.
Muito mais que mostrar a relação entre um casal gay, e sem apelar para cenas explícitas, mostrando o amor do casal da forma mais sutil e carinhosa possível, "Shelter" ressalta como as vezes ficamos acomodados frente a algumas dificuldades, como as vezes abdicamos dos nossos próprios sonhos para cuidar de outras pessoas. É uma história de auto-aceitação e de descoberta, que mostra como as vezes os mais fácil é aceitar quem somos e deixar que algumas pessoas entrem em nossas vidas, porque muitas vezes o que nos falta é alguém para mostrar o caminho, independente de quem seja.

domingo, 24 de maio de 2009

E a Palma de Ouro vai para...


Terminou neste domingo o mais tradicional e glamouroso festival de cinema do mundo, o Festival de Cannes. Assim como nos anos anteriores, a palmáres - nome pelo qual é conhecida a distribuição das palmas - foi distribuída entre vários filmes. Dificilmente Cannes centraliza a maioria dos prêmios em um ou dois filmes, conforme acontece no Oscar, por exemplo.
Apesar de nomes badalados do cinema internacional estarem presentes nesta edição, o grande vencedor da Palma de Ouro foi o filme Das Weisse Band (The White Ribbon/A Fita Branca), do austríaco Michael Haneke (foto acima). Totalmente em preto e branco, o filme retrata uma série de crimes que ocorreram numa cidade da Alemanha no começo do século passado, no qual um grupo de crianças está entre os suspeitos. A escolha de Haneke foi bem afinada com a dos críticos, assim como a maioria dos prêmios principais desta edição.
A única realmente grande surpresa foi o prêmio de melhor diretor para o cineasta filipino Brillante Mendoza, com o seu instigante e violento Kinatay. Mesmo não estando presente nas principais listas de favoritos da imprensa, a vitória do tailandês revela a tentaiva do júri do festival de apostar em novidades e na originalidade dos trabalhos apresentados, para além das escolhas 'seguras' de favoritos ou de nomes consagrados. Exatamente como o festival deve ser: espaço de experimentação e celebração da sétima arte.
Segue abaixo a lista dos vencedores do Festival de Cannes 2009:


Palma de Ouro
Das Weisse Band / Alemanha (de Michael Haneke)

Grand Prix
Un Prophète / França (de Jacques Audiard)

Melhor Direção
Brillante Mendoza / Filipinas (pelo filme Kinatay)

Melhor Roteiro
Lou Ye / China (pelo filme Chun Feng Chen Zui De Ye Wan)

Melhor Atriz
Charlotte Gainsbourg / França (pelo filme Anticristo)

Melhor Ator
Chrstoph Waltz / Áustria (pelo filme Bastardos Inglórios)

Prêmio do Júri
Bak-Jwi / Coréia do Sul (de Park Chan-Wook)

Menção Especial
Fish Tank / Inglaterra (de Andrea Arnold)

Prix Vulcain
Map of the Sounds of Tokyo / Espanha (de Isabel Coixet)

Prêmio Especial
Les Herbes Folles / França (de Alain Resnais)

Palma de Ouro - Curta-metragem
Arena / Portugal (de João Salaviza)

Menção Especial (curta-metragem)
The Six Dollar Fifty Man / Nova Zelândia (de Mark Albiston e Louis Sutherland)

terça-feira, 5 de maio de 2009

Romance e Cigarros

Às vezes a gente se apaixona por imagens. Aliás, isso acontece o tempo todo no nosso dia a dia, seja por fotos, pinturas, rostos, corpos.. O que se apresenta, então, é a tomada de dois caminhos possíveis: ir com tudo e tentar penetrar profundamente naquela imagem; ou ficar só com a figura daquela paixonite idealizada e perfeita na cabeça. Certamente o segundo caminho é menos traumático, mas a menos que você seja um voyer convicto, ele não trará a satisfação que o primeiro caminho pode proporcionar. Como só olhar não é muito a minha praia, resolvi me entregar ao DVD de Romace e Cigarros na fila das lojas Americanas. Fui seduzido pelas belas pernas de Kate Winslet, seu scarpin vermelho e o charmoso cigarro que ela segurava na mão esquerda. O gosto dessa experiência? Digamos que amargo - aii se não tivesse um Trident de menta na mochila!
Romance e Cigarros é um musical produzido pelos irmãos Cohen (do premiado Onde os Fracos Não Têm Vez) e conta com um elenco estelar, além de uma trilha sonora com nomes consagrados e uma premissa interessante. Vamos a história: Nick (James Gandolfini ) é um ferreiro que é casado com Kitty e tem três filhas jovens adultas (Mary-Louise Parker, Mandy Moore e Aida Turturro). A vida da família de classe média trabalhadora vira de cabeça para baixo quando a matriarca descobre a pulada de cerca de seu marido com a sedutora Tula (Kate Winslet). Nesse momento se insere Bo (Christopher Walker), primo de Kitty, que a ajuda em seu plano de descobrir quem é a amante de seu marido.
Como o seu título diz, o filme tem mais cigarros do que romance. O cigarro é amplamente explorado em cenas que envolvem muita sensualidade ou despreocupação, reforçando duas características "senso comum" dele. Diante da onipresença do cigarro, além da linguagem completamente sem pudor - sendo bem eufêmico - em que as personagens falam sobre seus romances e sua vida sexual, o filme parecia ir na direção de romper com vários padrões estéticos e comportamentais. Mas ficou na promessa.
Vale a pena destacar as atuações de Gandolfini, que nem de perto lembra o marcante mafioso Tony Soprano, da sempre brilhante Kate Winslet [extremante sensual nesse papel] e da surpreendente Aida Turturro, dona dos momentos mais engraçados do filme. E.. bom. Acho que os elogios param por aqui.
Você espera até o minuto final ver aquela Susan Saradon inspirada de outros filmes, mas a espera é em vão. Além disso, o papel da talentosa Mary Louise Parker é deixado muito de lado, apenas uma peça figurativa. Um desperdício incrível. Ahh, é importante também salientar que a escolha de colocar as canções na voz original em que foram gravadas, muitas vezes com os atores apenas sibilando as letras, foi terrível. Assim, os números musicais perderam grande força. Outra pena, já que são grandes clássicos de Bruce Springsteen, Janis Joplin, James Brown e Dusty Springfield.
Para completar, o final é infelizmente um mega clichê. Justo tudo aquilo que não se espera de um filme que se propõe a subverter e chocar. Uma pena.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Cannes 2009

E a organização do Festival de Cannes revelou quais filmes estarão concorrendo à Palma de Ouro do 62º Festival que ocorrerá entre os dias 13 e 24 de maio. Entre eles está o espanhol Pedro Almodóvar com Los Abrazos Rotos, que mais uma vez conta com a presença de sua musa Penélope Cruz; outro que estará novamente concorrendo é o ganhador do prêmio de 1994 com o já clássico Pulp Fiction, o cineasta Quentin Tarantino, que trás Brad Pitt como protagonista de Os Bastardos Inglorios. Além destes o Festival ainda trás AntiChristi, primeiro filme de terror do cineasta Lars Von Trier, responsável por DogVille e ganhador da Palma de Ouro de 2000 por Dançando no Escuro. Outro que volta a concorrer ao prêmio é Ang Lee, com Taking Woodstok, primeira comédia do cineasta e que trás mais uma vez às telas, como o próprio nome sugere, o Festival de Woodstook. Quem estará concorrendo também com o filme Bak-Jwi é o cineasta coreano Chan-Wook Park, que ganhou o prêmio especial do Júri em Cannes com o angustiante OldBoy.
A França também estará sendo representada pelo filme Enter the Void, de Gaspar Noe, cujo último filme foi o nauseante Irreversível; outro cineasta que já foi ganhador da Palma de Ouro com o filme Ventos de Liberdade e estará concorrendo novamente é o britânico Ken Loach, desta vez com o filme Looking for Eric. Quem também estará concorrendo é o filme Bright Star da cineasta neozelandesa Jane Campion, ganhadora da Palma de Ouro em 1993 pelo filme O Piano.
Além dos filmes que estão concorrendo ao prêmio também serão apresentados no Festival a nova animação da Disney Up - Altas Aventuras, além de Agora, de Alejandro Amenábar, ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2004 por Mar Adentro. Outro que será exibido especialmente no festival será L'epine Dans Le Coeur, do cineasta francês Michel Gondry. Ainda terá destaque o filme The Imaginarium Of Doctor Parnassus, de Jerry Gilliam, e que conta com a participação não finalizada do ator Heath Ledger que morreu antes que as filmagens do filme tivessem acabado. E por fim, para quem espera a presença brasileira no Festival será exibindo, embora não esteja concorrendo, o filme À Deriva, novo trabalho do diretor de O Cheiro do Ralo, Heitor Dhalia.

Segue abaixo a lista completa dos filmes que estarão concorrendo:

Pedro ALMODÓVAR - LOS ABRAZOS ROTOS (Broken Embraces)
Andrea ARNOLD - FISH TANK
Jacques AUDIARD - UN PROPHÈTE
Marco BELLOCCHIO - VINCERE
Jane CAMPION - BRIGHT STAR
Isabel COIXET - MAP OF THE SOUNDS OF TOKYO
Xavier GIANNOLI - A L’ORIGINE
Michael HANEKE - DAS WEISSE BAND (The White Ribbon)
Ang LEE - TAKING WOODSTOCK
Ken LOACH - LOOKING FOR ERIC
LOU Ye - CHUN FENG CHEN ZUI DE YE WAN (Spring Fever)
Brillante MENDOZA - KINATAY
Gaspar NOE - ENTER THE VOID
PARK Chan-Wook - BAK-JWI - (Thirst)
Alain RESNAIS - LES HERBES FOLLES
Elia SULEIMAN - THE TIME THAT REMAINS
Quentin TARANTINO - INGLOURIOUS BASTERDS
Johnnie TO - VENGEANCE
TSAI Ming-liang - VISAGE (face)
Lars VON TRIER - ANTICHRIST

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Sem medo de maldições


No primeiro post deste humilde blog (hein?!) falamos sobre a dificuldade em começar algo. Estrear, partir do zero... No entanto, se você consegue superar tal barreira com sucesso, baixar a guarda é um risco. Tão difícil quanto um começo bem-sucedido é a manutenção dessa conquista. De nada adianta rolar uma super conexão e boa impressão num primeiro encontro, se você estragar tudo com perguntas e hábitos desnecessários no segundo (graças a Deus, não sou desses. rs).

No mundo do entretenimento funciona exatamente igual. Quando uma série de TV estoura em sua primeira temporada rola uma grande expectativa sobre como será a segunda. Uma expectativa cruel, que muitas vezes leva grandes séries ao limbo ou então as arrasta por mais algumas temporadas, dependendo da paciência dos diretores das TVs (caso da “morta-viva” Heroes e da falecida The O.C.). Mas nenhuma maldição no mundo pop se compara ao lançamento de um segundo CD. E uma das últimas estrelas da música a passar por essa provação foi a britânica Lily Allen com o seu It’s Not Me, It’s You.

Lançado em fevereiro deste ano, o segundo álbum da carreira de Lily Allen parecia fadado a sofrer da “síndrome do segundo”. No primeiro trimestre do ano de 2008, Lily deu algumas entrevistas declarando que seu CD estava praticamente pronto. Entretanto, a cantora voltou atrás e disse que queria seguir “novos caminhos”, experimentar novos sons e ritmos, o que atrasou bastante o lançamento do álbum, além de provocar o rompimento com o produtor-queridinho-sensação Mark Ronson. Com isso a expectativa aumentou. Será que It’s Not Me, It’s You conseguiria manter Lily nas paradas e superaria o arrebatador Allright, Still?

Minha humilde (oi?!) resposta é sim. A tática de divulgar os demos do novo álbum no seu MySpace seguiu o mesmo caminho do primeiro CD, assim como suas famosas letras autobiográficas. Entretanto, parece que se encerram aí as semelhanças. Em seu segundo CD vemos claramente uma Lily mais madura e executando um álbum mais eletrônico e dançante que o anterior.

Ainda que mantenha a sua ironia on fire contra seus ex-namorados, vale destaque para a divertida e ácida Not Fair [When we go up to bed you're just no good / Its such a shame / I look into your eyes / I want to get to know you / And then you make this noise and its apparent it's all over], ela se volta a críticas mais contundentes. Seus alvos preferidos: o consumismo exagerado e as “celebridades de plástico” no ótimo single The Fear e a sociedade descartando as pessoas cada vez mais cedo na faixa 22 [It's sad but it's true how society says / her life is already over].

Its Not Me, It’s You ainda tem um longo caminho pela frente, e dizer que ele terá o mesmo êxito comercial que seu antecessor parece precipitado, apesar de termos bons indícios que sim: o álbum estreou em primeiro lugar no Reino Unido e na Austrália, e em quinto nos Estados Unidos. Contudo, há que se celebrar a maturidade musical que a cantora e compositora de 23 anos parece ter atingido. Em cada faixa do novo álbum, Lily nos mostra que deixou para trás “aquela adolescente que estava desesperadamente atrás de atenção”, conforme ela mesma define as músicas de seu primeiro CD.

domingo, 19 de abril de 2009

Che


Para quem não conseguiu assitir a primeira parte do filme "Che" de Steven Soderbergh, mesmo diretor de Traffic e Erin Brockovich, no Festival do Rio de 2008, a boa notícia é que finalmente o filme foi lançado nos cinemas do Rio de Janeiro no final de Março.

Neste filme, Soderbergh divide os aconteciemntos da vida de Che em duas partes. A primeira aborda principalmente a atuação do guerriheiro na Revolução Cubana, enquanto a segunda, com previsão de estréia no Brasil apenas para agosto deste ano, retrata a atuação de Che na tentativa de promover a revolução na Bolívia, algo que diferente da experiência cubana resulta na sua execução.

Contando com a atuação de Benicio Del Toro, que ganhou o premio de melhor ator em Cannes por sua atuação como Ernesto Che Guevara, e do ator brasileiro Rodrigo Santoro na pele de Raúl, irmão de Fidel Castro, "Che" como afirma Soderbergh não tem a pretenção de expor um revolucionário santificado e muito menos um assassino impiedoso, quebrando assim todos os mitos que definem a sua imagem. A intenção de Soderbergh é mostrar uma versão cinematográfica mais real de Che, e talvez por isso o filme começe com a cena de um jantar onde Fidel e Che iniciam suas idéias sobre a revolução, partindo para então toda a saga de Che e seu recrutamento de guerrilheiros e uma série de conflitos que no final resultam no sucesso da revolução. Porém no meio desse desenrolar o filme passa por momentos que podem ser bastante cansativos e até mesmo confusos, onde a história varia constantemente entre os anos de 1956 e 1959, partindo para momentos de entrevistas de Che e para o seu discurso na ONU em 1964. E termina assim, meio que do nada, meio que querendo dizer para que o telespectador brasileiro espere até agosto, quando a segunda parte finalmente chega ao brasil.



quinta-feira, 16 de abril de 2009

Before Sunrise


Você já parou pra pensar como é complicado começar alguma coisa?! Assim, digo começar do zero mesmo. Um namoro, um trabalho, um texto, uma barca de japonês.. enfim, tudo que envolve o verbo “escolher” é um problema. Só que tal drama pode aumentar ainda mais quando você se vê diante de diversas opções. Opções + escolha = inércia. Porém, tentando sair do movimento inicial igual a zero [só aprendi isso em Física] resolvi encarar o desafio e falar de um filme que tem tudo a ver com o próprio ato de começar algo. Afinal, nossas vidas geralmente começam antes do amanhecer.

Antes do Amanhecer (Before Sunrise, 1995) narra o encontro ocasional de dois jovens em um trem na Europa. A bela Celine (Julie Delpy) e o charmoso Jesse (Ethan Hawke) trocam seus primeiros olhares após ela trocar de poltrona no trem, devido a uma bizarra discussão entre um casal, em alemão, que atrapalha sua leitura. Um casal falando alemão, uma francesa e um americano. Globalização, babe. Encantada por Jesse, Celine decide aceitar seu convite e desce do trem pra viver aquele que talvez seja o dia de sua vida, numa Viena fria, crua, mas deveras romântica. Você pode pensar: ok, agora se seguirá uma sequencia de clichês sobre as diferenças culturais entre americanos e franceses. Certo?! Não, errado. O que acontece em Before Sunrise é que desde os roteiristas aos protagonistas onipresentes, e passando pelo diretor Richard Linklater, há um enfoque na utilização muito forte do comum, do corriqueiro, para justamente subverte-lo.A arriscada escolha por uma narrativa linear, que poderia tornar o filme arrastado e entediante, é justamente o que o dá fôlego. Se optasse por recursos narrativos como flash-backs ou flash-fowards, por exemplo, o diretor iria de encontro a toda a simplicidade da película. Aliás, talvez este seja seu grande trunfo: ser simples, mas passar longe do simplório. Apesar de uma premissa pitoresca - convenhamos que dois desconhecidos passeando por uma cidade estranha não é algo que aconteça todo dia - a forma como o filme se dá, abusando do lirismo e dos diálogos [ora densos ora banais] provoca um bem sucedido recurso de imersão profunda no filme. Isso ocorre também em virtude da direção que Linklater leva durante todo o filme: suave, leve, sem firulas, efeitos pirotécnicos ou closes desnecessários, nos transportando com tudo pra dentro da noite de Viena.

Contudo, Linklater ganha todos os créditos sozinho. Muito do êxito do filme é atingido pelo ótimo desempenho de Ethan e Julie, que aparecem em praticamente todas as sequências do filme. A liberdade dada aos atores para improvisar nos diálogos e nos gestos ajuda bastante a dar um clima mais intimista e convidativo ao filme. Além disso, a conexão que Jesse e Celine sentem está ali, presente em cada troca de olhares entre os jovens atores, como quando eles estão na cabine de uma loja de música onde os dois se olham e fogem do olhar um do outro. Uma sequência absurdamente eloquente, sem a presença de qualquer palavra.

É por essa fuga de antagonismos fáceis e de soluções simplórias ou carnavalescas em excesso, que Before Sunrise se destaca como um filme de estilo incomum, simples, arriscado e preciso. Se um dia encontraremos o alguém que nos complemente, como dois afluentes do mesmo rio [cena do poema, uma das minhas favoritas], que passaremos horas infinitas conversando - seja teorizando ou falando bobagem -, isso eu não sei. Entretanto, aquele cara com alma de um garoto de 13 anos e aquela grande mulher, antes desolada como a sua avó, que se encontraram antes de um sunrise se encontrarão de novo. É só esperar pelo sunset.