segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Doce Perfume #FestivalRio'09

Durante o Festival do Rio vamos fazer alguns posts sobre os filmes que conseguirmos assistir durante essas próximas duas semanas. Como somos de quinta, não prometemos periodicidade lógica.


Começaremos pelo drama Doce Perfume (Tatarak), do cultuado cineasta polonês Andrzej Wajda (Homem de Mármore e Homem de Ferro). O filme conta a história de Marta (Krystyna Janda), casada com um médico polonês que diagnostica nela uma doença terminal, mas prefere não contar à esposa. Ela ainda sofre com a morte dos filhos, mas parece ao se envolver com o jovem Bogus (Pawel Szajda), parece reviver e começar a sorrir. Paralelamente à essa história, o espectador é apresentado à pequenos mológonos nos quais Krystina Janda se despe da personagem Marta e em um quarto sob um penumbra fala sobre a recente morte de seu marido, o cineasta polonês Edward Kosinski. A atuação da atriz polonesa é tocante e precisa. Você consegue realmente sentir toda a melancolia da personagem e da própria atriz a cada cena.

Wadja se lança em um filme experimental que utiliza muito bem da metalinguagem. O espectador é lembrado a todo momento, através de estratégias como mostrar a claquete no começo do filme ou então na cena em que Krystyna interrompe as filmagens e foge do set de táxi, que Doce perfume é um filme dentro de um outro filme maior. Não é um filme fácil de acompanhar e a escolha do nome do filme ser o mesmo do filme que é interpretado nele pode confundir bastante a principio, mas vale a pena ver mais esse ótimo trabalho de Andrzej Wadja.